quinta-feira, janeiro 18, 2007

A Diferença entre edição de Vídeo Linear e a Não-Linear

Edição Linear
Na ilha de edição convencional, composta por dois videoteipes, cada imagem selecionada numa máquina - chamada de player, porque apenas reproduz as cenas que queremos - é gravada em outra máquina - chamada de recorder. Um sistema de controle remoto, o remote, permite à máquina recorder comandar a player. Dessa forma, alternam-se os períodos de tempo em que são selecionadas as cenas na máquina que reproduz – onde são marcados os pontos de entrada (in) e de saída (out), ou melhor, a numeração que indica onde começa e onde termina o trecho escolhido – e a gravação no outro videoteipe. Como as cenas são gravadas em seqüência, dizemos que a edição obedece a uma linearidade, essa forma passou a existir com a edição eletrônica. A primeira experiência com edição a partir de fitas magnéticas seguia o mesmo princípio que a montagem de filmes na moviola: pedaços de fita eram cortados e emendados – trabalho penoso e impreciso.
A invenção da edição eletrônica, ou seja editor de edição (controladora de máquinas), permitiu a seleção dos pontos de entrada e de saída sem corte físico da fita e com a possibilidade de se ver as imagens nos monitores de vídeo, tanto da player (as tomadas ou takes), quanto da recorder, que mostra o resultado da edição. Garantiu, assim, precisão, mas impôs a linearidade, que não existia na montagem de filmes. Vamos imaginar três cenas: uma do sol, outra da lua e outra de uma estrela. Na edição através dos videoteipes, é preciso escolher qual vai primeiro, se a lua, a estrela ou o sol. A menos que seja substituída uma das cenas por outra com exatamente o mesmo tempo de duração (a nuvem no lugar da estrela, por exemplo), não é possível fazer uma inserção abrindo espaço, ou seja, colocar a nuvem entre a lua e a estrela. Outra forma, é a utilização dos recursos da mesa de cortes e efeitos. Mas qualquer alteração, inversão de ordem ou uso de efeitos significará nova edição. Com o formato de edição não-linear, isso não acontece: os “pedaços de vídeo”que representam as cenas podem ser simplesmente deslocados de um lugar para outro, de maneira não-linear.

Edição Não-Linear
Quando se usa o termo edição não-linear, isto significa que a edição de vídeo é feita a partir de disco rígido. A edição não-linear requer duas coisas: um software de edição de vídeo e uma placa de captura de vídeo, para colocarmos o vídeo dentro do computador. Uma vez os clipes de vídeo digitalizados e no disco rígido, estes podem ser editados em qualquer ordem, com um simples arrastar do mouse.
Uma das melhores aquisições com a edição não-linear é a possibilidade de manipulação de imagem e som que se tem. A quantidade e a qualidade dos efeitos está apenas dependente da criatividade do utilizador e do software que se está usando, podendo criar as mais variadas transições entre cenas, como virar de página, rolls, flips e também adicionar filtros especiais para tentar limpar ou restaurar a qualidade da imagem. No que diz respeito ao grafismo e à titulação, pode-se utilizar todas as fontes True Type do Windows e, se quisermos adicionar um logo ou uma animação, quase todos os formatos de arquivos gráficos são compatíveis com os softwares

A Degração da Imagem na Edição Não-Linear
Ao contrário do que se pode pensar, a edição não-linear pode sim, causar degradação da imagem no resultado final em relação ao original captado. Se este original está no formato digital (MiniDV, Digital-8 por exemplo), a degradação normalmente não ocorre. Se, no entanto, estiver gravado em formato analógico, é muito importante garantir a qualidade da imagem captada pela câmera no mesmo, pois sempre ocorre degradação da imagem no processo de digitalização (efetuado pela placa de captura no micro, quando o sinal analógico é convertido em sinal digital).
Ainda que pequena, ela ocorre, porque sempre há alguma degradação no sinal de vídeo quando o mesmo atravessa qualquer circuito eletrônico, como o da placa de captura por exemplo. Além disso, o processo de compressão de dados efetuado junto com a digitalização também acarreta perda de qualidade, tanto maior quanto maior for a taxa de compressão utilizada.

Um comentário:

Francisco Italiano Neto disse...

O meu comentario e uma pergunta. Pode?

O caminho que leva um arquivo sonoro para audio e o mesmo que leva um arquivo imagem para video. Os dois tem caminhos diferentes?
Pode parecer uma pergunta boba. Porem preciso fazer uma trabalho sobre esta questao mas sou leigo no assunto.
Agradeco antecipadamente sua genteleza.
Sinceramente
Francisco Italiano Neto
Musician in Lighthouse Point,Fl.