segunda-feira, setembro 25, 2006

No lugar certo na hora certa.

Constrangedor
Em 25 anos de trabalho na área de jornalismo, não tinha passado uma situação constrangedora e humilhante, como passei durante uma entrevista com um homem que é líder religioso. Não sou filiado a nenhum partido, não trabalho para o governador, não participo de armadilhas e armações pra conseguir uma matéria, sou católico e gosto muito da minha religião, tenho sempre ao meu lado, minha bíblia que me ajuda, além de várias imagens de Nossa Senhora de Fátima, que está sempre presente na minha vida me protegendo e me guiando nos meus caminhos. Prezo a ética e a boa educação, procurando dar exemplos aos meus filhos. Cometo erros, mas sei admiti-los e procuro me corrigir. Meu nome nunca foi envolvido em armações e falcatruas. Por isso vou pedir e respeito dos meus colegas jornalistas, quando forem comentar sobre a forma da captura do material que fiz em Ji-Paraná. Sou jornalista e contra fatos não há argumentos, podia ser um bispo, um pastor, um pai de santo ou qualquer outro líder religioso, não tenho culpa se a pessoa não preserva o posto que tem perante a comunidade, a imagem não foi montada, não segui ninguém, não forcei nada. Apenas realizava meu trabalho. Fiz e faria de novo, pois sou repórter cinematográfico, sou jornalista, sou profissional e não preciso provar isso. Se não fosse pra mostrar e informa a sociedade, nem estaria nessa profissão. E que me atire a primeira pedra aquele que não faria o que fiz. Gravar imagens de um líder religioso ameaçado de morte tomando bebidas com álcool em lugar aberto e sem se preocupar com a própria segurança.


Vou esclarecer
Fui convidado a realizar um trabalho de free-lance para o site Rondoniagora, trabalho esse que era produzir matérias nos municípios do Estado. Aceite o serviço. Um dos municípios que gravei e produzi o material foi o de Ji-Paraná. Capturei imagens da cidade e uma entrevista com o prefeito José de Abreu Bianco. Em seguida a nossa equipe foi informada de que o Vice-presidente da república iria visitar o município, ia participar de uma reunião com empresários e a pauta era apoiar a candidatura de Fátima Cleide. Descobrimos que haveria uma reunião também com o Bispo daquela cidade. Procuramos a arqueodicese para melhores informações, e fomos avisados que o Bispo estava em Vilhena participando de uma solenidade e que sofrerá agressões verbais. Pedimos para agendar uma entrevista com o mesmo. E ficou marcado para a tarde, na própria Diocese. Logo que cheguei na sala preparar o equipamento, fui recebido com grosserias pelo Bispo, de forma ranzinza, me questionava a todo o momento sobre o equipamento e a instalação, demonstrou que estava nervoso. Ao testar o áudio e o vídeo, fui interpelado de forma grosseira por Dom Antônio, sobre o teste, em seguida comentei o calor que estava, entre 38 e 40 graus, ele novamente me criticou e perguntou se eu tinha alguma coisa contra o calor. Iniciamos a entrevista que foi diversas vezes interrompida pela advogada, com a total falta de educação com a equipe. Se não bastasse a situação de cerceamento, desligaram a energia do prédio, passaram a revistar as bolsas e me interpela se estava gravando. Tive que tirar os cabos pra que eles tivessem a certeza disso. Ai em diante só foi agressão verbal por parte da advogada. O bispo pediu que só voltava a gravar se fosse pra encerrar, concordei e disse que podíamos esperar a energia retorna que e encerrar. Pasmem, fiquei surpreso, a energia voltou minutos depois. Mas o que eles não sabiam e que usei de habilidade básica e simples ligando a bateria de reserva, gravando o dialogo da repórter que também não sabia que eu estava gravando. E só veio saber depois que sairmos do prédio. O interessante que enquanto arrumava o equipamento, chegou um dos assessores perto de mim e perguntou se a energia tinha voltado, usando um tom de zombaria. Pois as luzes estavam acessas e não tinha fundamento à pergunta. Durante a inesperada queda de energia, fui até a janela e constatei que só no prédio da Diocese que não tinha.
Ao sair do local, a repórter me pediu pra levá-la ao lugar distante da Diocese e aberto, tava muito nervosa. Chegamos a uma Pizzaria, pedimos uma cerveja e um suco, e conversamos sobre o ocorrido. Pra minha nova surpresa, chega o bispo acompanhado de um padre, imediatamente avisei a repórter que ficou mais surpresa do que eu. Chefe religioso passou ao meu lado e não me reconheceu. Pegamos à câmera e iniciamos a gravação no intuito e questionarmos a presença do Bispo em local aberto e público. É muito perigoso pra uma pessoa ameaçada de morte estar ali. Novamente fomos surpreendidos, o Bispo estava ingerido “caiprinha” , e depois passou a tomar cerveja. Uma cena que não esqueço e que ele só mastigava aos goles da cerveja. Ele é avisado da nossa presença e comete a mais violente grosseira que um líder religioso poderia cometer, faz gesto obsceno para a equipe. Jamais esperava que além de beber e mistura bebidas, ele era mais grosseiro do tinha sido horas antes. Em segui, ele vem até a nossa equipe e inicia um dialogo que todos estão tomando conhecimento através do site. Eu mesmo indaguei ao bispo o motivo de ele está sendo manipulado pela a advogada, perguntei também sobre a tentativa de proibir a entrevista e a divulgação da mesma. Pois ele reclamava que o governador estava tentando tirar da igreja esse direito. E como ficaria o nosso, e porque ele julgava a nossa equipe, já que “não se julgar para ser julgado”. Ao fim da conversa o bispo, novamente demonstra grosseria ao afirmar que só veio a nossa mesa porque não queria dormir com raiva e ódio da equipe. Alertei a ele que como bispo, religioso e mensageiro de Deus, tinha que rezar por nós e não nos desejar mal.
O interessante que tudo aconteceu como “coincidência divina”, pois não seguimos o bispo, fomos pro outro lado da cidade. E pra encerrar a diocese tem um ótimo trabalho no “AA” e pode ser ofuscado por um mau exemplo aos religiosos. O homem toma caipirinha e depois mistura com cerveja. E querem que eu acredito e que é normal essa atitude.


Pimenta nos olhos dos outros é refresco.
O deputado Leudo Buriti participou de uma matéria que produzi, mostrando um outro líder religioso engando e causando sofrimentos às famílias de um município pequeno, na época O sr. Leudo era um dos assessores do prefeito Jair Ramirez, que adorou a reportagem, assim como muitas outras pessoas de Ji-Paraná.
E Buriti pode confirmar que não houve armação, a cena tava lá, as vítimas também, só quem não queria ver e nem mostrar, não realizava a matéria. Fiz sem repórter e fui coberto de elogios, até por empresários do município. E ainda tem pessoas reclamando da divulgação do flagrante.
Com aquele podia, mas com esse não. É brincadeira.


Quem sou, pra quem não me conhece, ou pensa que conhece.
Sou repórter cinematográfico, sou jornalista. Sindicalizado, o número do meu DRT/RO é 665. Recém saído da faculdade de Administração com Ênfase em Marketing. Não saí recentemente da academia de jornalismo. Trabalho com Marketing Político, principalmente e programas eleitorais, com seis campanhas vitoriosas uma atrás da outra. Produzo comerciais e documentários, realizo trabalho de direção operacional e técnico. Sou também produtor de vídeo, e realizo treinamento de apresentador, repórter, editor e cinegrafista.
Nunca procurei me aparecer pra se tornar conhecido, quem me conhece, conhece pelo profissional que sou, pelo meu trabalho. Fora isso só minha família e meus amigos.
Com a palavra meu amigo Gonzales.

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