Ricardo Gandour, Rodolfo Fernandes e Mariza Tavares, diretores de redação do Estado de S. Paulo, O Globo e Rádio CBN, respectivamente, se manifestam contra a obrigatoriedade do diploma, embora se dividam em relação à Lei de Imprensa. As duas questões estarão na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (01/04).
"Minha expectativa é de que o STF confirme a liminar, mas não anule totalmente a Lei de Imprensa. Sua modernização deve ficar a cargo do Congresso, onde poderá ser objeto de um debate mais profundo”, opinou Mariza.
Para ela, a exigência do diploma ajudou a elevar o padrão da profissão, mas a especialização do exercício de jornalismo chegou a um ponto que a regra deve ser revista. “A imprensa e o público precisam de profissionais de formação sólida e esta pode ser adquirida em diversos cursos superiores, e não apenas no de jornalismo”.
Gandour se diz contra a obrigatoriedade do diploma, mas a favor da existência do curso de Jornalismo. “Eu acho que o curso de jornalismo tem que se aprimorar, e ganhar flexibilidade para poder ser uma especialização para graduados em várias áreas”.
Quanto à Lei de Imprensa, ele acredita que deva haver “uma lei mínima, que normatize algumas questões que, se não forem normatizadas, geram excessos, como as indenizações milionárias que são cobradas. Acho que a lei vigente é do regime autoritário, não faz nenhum sentido. Acho essencial que tenha uma lei que proteja a imprensa contra abusos, como a orquestração de ações. A imprensa é algo que deve ser protegido, no sentido mais nobre do termo. A atividade jornalística interessa a sociedade, interessa a democracia. A imprensa livre e de qualidade é fundamental para a democracia brasileira”.
Já Fernandes é contra a existência de uma Lei de Imprensa. “Não existe a lei do advogado, não existe a lei da sociologia, não existe a lei da medicina, que exija que esses profissionais sejam julgados por uma lei específica. A gente fez uma análise em todas as leis de imprensa da história do Brasil e todas elas foram feitas para cercear o trabalho da imprensa. Não adianta dizer que vamos acabar com essa e vamos fazer uma nova, porque não há a menor dúvida de que a nova legislação será feita para cercear o trabalho da imprensa”.
Ele deixa claro que defende profissionais qualificados, o que não significa que seja a favor do diploma. “Tudo que só existe no Brasil e não é jabuticaba, não pode ser tão bom assim. Você estuda todos os países, as legislações trabalhistas, só no Brasil você consegue ver essa obrigatoriedade da exigência de um diploma. Claro que eu defendo profissionais cada vez mais qualificados, mas não entendo por que um profissional de Economia, ou de Direito, não possa fazer até mesmo um estágio que todas as empresas oferecem, e não possa exercer a atividade jornalística”.
"Minha expectativa é de que o STF confirme a liminar, mas não anule totalmente a Lei de Imprensa. Sua modernização deve ficar a cargo do Congresso, onde poderá ser objeto de um debate mais profundo”, opinou Mariza.
Para ela, a exigência do diploma ajudou a elevar o padrão da profissão, mas a especialização do exercício de jornalismo chegou a um ponto que a regra deve ser revista. “A imprensa e o público precisam de profissionais de formação sólida e esta pode ser adquirida em diversos cursos superiores, e não apenas no de jornalismo”.
Gandour se diz contra a obrigatoriedade do diploma, mas a favor da existência do curso de Jornalismo. “Eu acho que o curso de jornalismo tem que se aprimorar, e ganhar flexibilidade para poder ser uma especialização para graduados em várias áreas”.
Quanto à Lei de Imprensa, ele acredita que deva haver “uma lei mínima, que normatize algumas questões que, se não forem normatizadas, geram excessos, como as indenizações milionárias que são cobradas. Acho que a lei vigente é do regime autoritário, não faz nenhum sentido. Acho essencial que tenha uma lei que proteja a imprensa contra abusos, como a orquestração de ações. A imprensa é algo que deve ser protegido, no sentido mais nobre do termo. A atividade jornalística interessa a sociedade, interessa a democracia. A imprensa livre e de qualidade é fundamental para a democracia brasileira”.
Já Fernandes é contra a existência de uma Lei de Imprensa. “Não existe a lei do advogado, não existe a lei da sociologia, não existe a lei da medicina, que exija que esses profissionais sejam julgados por uma lei específica. A gente fez uma análise em todas as leis de imprensa da história do Brasil e todas elas foram feitas para cercear o trabalho da imprensa. Não adianta dizer que vamos acabar com essa e vamos fazer uma nova, porque não há a menor dúvida de que a nova legislação será feita para cercear o trabalho da imprensa”.
Ele deixa claro que defende profissionais qualificados, o que não significa que seja a favor do diploma. “Tudo que só existe no Brasil e não é jabuticaba, não pode ser tão bom assim. Você estuda todos os países, as legislações trabalhistas, só no Brasil você consegue ver essa obrigatoriedade da exigência de um diploma. Claro que eu defendo profissionais cada vez mais qualificados, mas não entendo por que um profissional de Economia, ou de Direito, não possa fazer até mesmo um estágio que todas as empresas oferecem, e não possa exercer a atividade jornalística”.
Fonte: Comunique-se
Autor: Comunique-se
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